Na ponta dos dedos
batem as palavras sísmicas.
E a testa abre-se profusamente
à força do nome.
Digo: aquele que escreve infunde o prodígio,
respira ao cimo com a luz nos pulmões,
atravessa como se florisse nos abismos.
Tudo é ascendentemente cantando,
os dedos vêm de baixo e batem na voz,
curvam-se como ganchos à beira do nome.
Jorge Melícias
in A Luz nos Pulmões
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